" Costuma-se observar na atualidade uma "neurotização" da proposta de renovação interior. Muita impaciência e severidade tem acompanhado esse desafio, levando ao perfeccionismo por falta de entendimento do que seja realmente a reforma íntima. Qdo digo para mim mesmo: "não posso mais falhar" será mais difícil o domínio interior. Precisamos aprender a ser GENTE, a ser HUMANO, a exercer o autoperdão, a admitir falhas, ciente que podemos sempre e sempre recomeçar, qtas vezes forem necessárias, sem que isso signifique, necessariamente, hipocrisia, fraqueza ou conivência com o mal. A proposta espírita é de aperfeiçoamento e não de perfeição imediata ... O objetivo é sermos melhores e não "os melhores".
Essa "neurotização da virtude" gera um sistema de vida cheio de hábitos e condutas radicais e superficiais que são fronteriços com o fanatismo; isso nos desaproxima ainda mais da autêntica mudança e nos faz preocupar mais com com o que não devemos fazer, esquecendo de investir esforços e descobrir os caminhos para aquilo que devíamos estar fazendo, aquilo que queremos alcançar e ser.(Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley Oliveira do livro " Reforma Íntima sem Martírio")
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